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Grande Rio leva Velho Onça a Sapucaí e engole a Lua e a Passarela do Samba

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Quarta escola a se apresentar nesta noite de domingo, a Grande Rio deu aula de samba, artes e evolução na Sapucaí.

Com o enredo ” Nosso destino é ser onça” proposto pelos carnavalescos Leonardo Bora e Gabriel Haddad, a agremiação de Caxias apresentou uma comissão de frente propondo

um tempo de escuridão com caos e morcegos. Trovejando e escurecendo, a apresentação foi em cima do efeito da Sapucaí de luzes e do enredo proposto.Com figuras reluzindo com a luz baixa do sambódromo, a onça parece uma sombra e dentro existe o Velho Onça, enredo da agremiação de Caxias.

Como ponto alto dessa comissão a onça engole um velho sábio e se tornam um só onde há o encontro do humano com a fera e fechando o círculo da sabedoria.

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira Daniel Werneck e Taciana Couto trouxe o movimento dos pajés de Parintins para a sua apresentação. Com uma fantasia belíssima, o casal apresentou uma belíssima dança e bailado clássico.

A escola começou seu primeiro setor com o uso da cor preta e detalhes reluzentes inclusive as ondas intergalácticas, presentes no firmamento escuro.

O abre alas da agremiação veio totalmente escuro inclusive com onça negra e movimentos com iluminação de roupas componentes em destaque.

A agremiação contou também o encontro do velho Onça com o sol. Insatisfeito com o mundo que criou, resolve destruir onde primeira humanidade terminou em fogaréu.

Na segunda alegoria a árvore da vida, a tricolor de Caxias trouxe os sapos cururus que guardam o segredo da vida

As baianas com manto vermelho tupinambá utilizado na coroação de Dom Pedro II e pétalas significando o valor brasileiro.

Na terceira alegoria a agremiação trouxe a onça como uma presença constante nos nossos povos desde sempre e a humanidade começa a clarear. Vale ressaltar que a Onça apresentou movimentos vivos que encantaram a Sapucaí.

As alas da agremiação trouxeram povos originários pré-colombianos trazendo a onça como animal central

Na parte do samba com passagem de “Trovejou..escureceu” a agremiação utilizou a iluminação do sambódromo como elemento cenográfico.

A quarta alegoria trouxe a época do Jaguar com povos pré colombianos. Toda iluminada, a alegoria impactou o desfile da agremiação.

A onça como enredo esteve presente em todos os setores da agremiação tornando assim o enredo de fácil leitura e entendimento

Com alegorias gigantescas e de plásticas perfeitas, a agremiação abrilhantou a noite de desfiles da Sapucaí

A tricolor de Caxias ainda homenageou a grande Rosa Magalhães, profissional do carnaval carioca, que sempre reverencia as onças em seus enredos dentro do possível.

Com animal print, a escola abrilhantou sua alegoria , com destaques e símbolo das lutas contemporâneas inclusive LGBTQIA+

A última alegoria trouxe a Onça comendo a lua, com a simbologia do aprendizado. A mensagem diz que se aprendermos com o saber da onça não encontraremos a escuridão. Com uma alegoria vazada, a agremiação finalizou seu desfile fabuloso e selvagem onde o Velho Onça engole a lua e a Sapucaí.

Materia Raphaella Vasconcellos
Colaborador Alex dos Santos

Por: Rio Carnaval

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