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Em Cima da Hora leva crítica social e contemporânea à Sapucaí

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A Em Cima da Hora trouxe para a Sapucaí a luta dos trabalhadores formais do nosso país.

Exaltando os trabalhadores, a agremiação de Cavalcante os coloca no protagonismo de seu enredo na luta da população.

Com uma referência da precarização do trabalho desde os tempos feudais, o enredo desenvolvido pelo carnavalesco Rodrigo Almeida trouxe uma crítica contemporânea à relação capitalismo e proletariado.

A comissão de frente apresentada por Luciana Yegros “Minha vida e andar por este pais pra ve se um dia descanso feliz” veio sem elemento cenográfico e trouxe trabalhadores e componentes com apresentação cênica.

O carro abre-alas veio acoplado e luxuoso reforçando a idéia primária do enredo trazendo uma abordagem critica ao excesso de trabalho .

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira Marcinho Souza e Winnie Lopes se apresentou com fantasia degrade nas cores da escola com a predominância do azul. O casal apresentou um bailado clássico e aguerrido. O pavilhão enrolou no módulo duplo.

Um destaque da agremiação foi a primeira ala que trouxe a concepção de tornar o homem máquina e a perda de sua alma na corrida pelo trabalho.

A bateria comandada pelo Mestre Leo Capoeira veio representando os Operários e trouxe a já conhecida cadência. Com paradinhas e bossas, a bateria foi aclamada na Sapucaí pelos presentes e seus componentes.

A terceira alegoria da Em Cima da Hora apresentou problemas no modulo duplo de jurados com a perda da chapéu do destaque.

Encerrando seu desfile com 53 minutos, dentro do tempo permitido, a Em Cima da Hora empolgou e deu show de crítica social, beleza e cadência. Vale ressaltar o discurso critico também do presidente da agremiação Heitor Fernandes as péssimas condições de trabalho da Série Ouro direcionadas a Riotur e ao prefeito Eduardo Paes.

Matéria: Jornalista Raphaella Vasconcellos

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