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Art is not a luxury, but a necessity.

A vice campeã do carnaval do Rio de Janeiro, Beija-Flor de Nilópolis, veio neste sábado (30) com todas as suas alas e carros alegóricos

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Beija-flor de Nilópolis, a vice campeã de 22, faz sua reapresentação no desfile das campeãs e enaltece as glórias, as histórias dos negros e aborda a luta contra o racismo com o enredo Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija Flor.

A comissão de frente do coreógrafo Marcelo Misailidis, vem em cima de um carro e com os bailarinos vendados para eles não veem, a sua própria identidade. A comissão propõe o reencontro do povo negro com o passado, sua ancestralidade conclamando os malês e os guerreiro Macuas, festejam homens e mulheres pretas, celebram a reconstituição do passado e o caminho firme para o futuro.

Foto: Edinho Meirelys

O casal de Mestre-sala e Porta-bandeira, Claudinho e Selminha que obteve nota máxima, veste e revela o esplendor de Kemet, inspirado nas referências dos adornos desta arte. O giro irradia poder ancestral, reluz o imponente pavilhão e refaz nossos caminhos.

Raissa, rainha de bateria da agremiação vem fantasiada de Poética. Raissa Oliveira é cria da comunidade e representa, com toda a legitimidade, a obra “Poética” que reúne escritos de Nei Lopes.

Neguinho canta “Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija- flor”, samba dos compositores J.Velloso, Léo do Piso, Beto Nega, Julio Assis, Manolo e Diogo Rosa.

A nobreza da corte e de ébano, tem o mesmo sangue que o seu, ergue o punho, exige igualdade trazendo de volta o que a história escondeu. Foi-se o açoite, a chibata sucumbiu, mas você não reconhece o que o negro construiu.

Passou mais uma vez linda e merecedora do titulo de vice-campeã!

Por: Danny Castro

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