A acadêmico da Grande Rio abre os caminhos, “fala, Majeté”, sete chaves de exu, se apresenta hoje (30), nas campeãs
Laróyé, exu, boa noite moço, boa noite moça…, aqui na terra é o nosso templo de fé…a Grande Rio festeja o campeonato, pois o jejum de 34 anos chegou ao fim. Falando de Exu, a escola se consagra campeã do carnaval carioca e conquista o primeiro título de sua história.
Vamos começar a nossa avaliação pela bateria. Fabrício Machado, mais conhecido como mestre Fafá, referência aos jogos, traz gorros bicolores lembrando a traquinagem de Exu e capas de personagens da noite carioca, como Zé Pelintra, Maria Padilha, Tranca Rua e Madame Satã.
A rainha da bateria, Paola Oliveira, veio à frente da bateria, vestida de “Sou do fogo e gargalhada”, evoca a magia das Pombagiras que levam homens e mulheres ao delírio, à embriagues e aos jogos de sedução.
Uma comissão de frente completamente mística e sofredora por protestantes falando que Exu é um demônio, coisa ruim, mas a verdade é que ele é um dos maiores orixás (um tipo de divindade). É uma espécie de mensageiro que faz a ponte entre o humano e o divino e, muitas vezes é descrito como sendo travesso, fiel e justo. Essa comissão trouxe para muitos uma visão diferente do que é falado por aí.
A agremiação veio pesada de respeito e ensinamentos, coreografada por Hélio Bejani e Beth Bejani. Eles fizeram uma apresentação linda e perfeita e repetiram tudo isso hoje na festa das campeãs, levando mais uma vez muita alegria e fé através de Exu.
Texto: Edinho Meirelys
Edição: Danny Castro
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