A Unidos do Viradouro trouxe nesta segunda -feira de carnaval para a Sapucaí o enredo “Arroboboi, Dangbé”, uma homenagem à cobra sagrada de Benin, que, de acordo com o mito, se manifestou em batalhas na conquista ocidental da África, no século 18.
A vice-campeã do carnaval carioca saudou o espírito infinito da Serpente e contou a história da irmandade feminina e realizou o objetivo de desmistificar significado da palavra Vodun .
A comissão de frente com o nome de “Aláfia” apresentou um espetáculo cheio de efeitos destacando seu balé de chão com a velha sacerdotisa no centro. O ponto alto da apresentação foi a presença de uma serpente deslizando pelo chão da Sapucaí e o ritual de iniciação.
O casal de mestre-sala e porta-bandeira Julinho Nascimento e Ruth Alves dançou em altíssimo nível na Sapucaí. Com uma coreografia de perfeita execução, conseguiu claramente apresentar o enredo exibindo também movimentos dos braços em formato de cobra.
A vermelha e branca de Niterói apresentou no lsetor Dangbe como a semente da vitória, além da iniciação e a força do Vodun no infinito visto nitidamente na alegoria que trouxe a serpente sagrada enrolada na coroa da agremiação .
Com fantasias grandes e luxuosas, uso de fumaça e composições dançando em espiral simbolizando a serpente, a agremiação trouxe um excelente abrilhantar da noite em seu desfile.
A bateria sob o comando do Mestre Ciça executou sua apresentação com excelência. Com quatro bossas, atabaques e ijexá e com um paradão juntamente com o carro de som de Wander Pires favorecendo o canto da comunidade.
A agremiação de Niterói trouxe um desfile apresentando a todo tempo o culto a cobra sagrada, mostrando-se fortissima candidata ao título do carnaval de 2024.
Matéria jornalista: Raphaela Vasconcellos
Chefe de Redação: Jornalista Edinho Meirelys
Fotos por: Rio Carnaval – Foto: Dhavid Normando
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