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Museu do Samba propõe que prefeitura faça ato com baianas na Sapucaí durante o Carnaval

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O Museu do Samba apresentou uma proposta à Prefeitura do Rio para a realização de um ato simbólico na Marquês de Sapucaí, no domingo de Carnaval, dia 14 de fevereiro. Em ofício entregue ao secretário municipal de Cultura, Marcus Faustini, a instituição sugeriu que um pequeno grupo de baianas faça a “lavagem espiritual” da Passarela do Samba, sem a presença de público e na companhia de um único ritmista tocando surdo, como forma de simbolizar resistência no dia em que teria início a maratona de desfiles do Grupo Especial. Além disso, um casal de mestre-sala e porta-bandeira representaria todos os guardiões dos pavilhões das agremiações.

“Considerando o cancelamento do carnaval face ao momento que estamos enfrentando com a pandemia, embora não tenhamos condições sanitárias de realizar os desfiles das escolas de samba, acreditamos ser importante marcar simbolicamente o carnaval, até como um ato de resistência à tristeza e à dor neste momento. Por isso, propomos que no Domingo de Carnaval, um grupo pequeno de cinco a dez baianas – de preferência testadas e vacinadas – faça a lavagem espiritual da nossa Passarela, com todas as regras sanitárias e mantendo distanciamento entre os integrantes. Para acompanhá-las, um surdo de marcação e um único casal de mestre-sala e porta-bandeira representando todas as escolas e louvando nossa Tia Ciata, todos os nossos ancestrais, o nosso povo do samba e as vidas perdidas. Algo simples e representativo para nossa cidade”, diz um trecho do documento entregue ao secretário municipal de Cultura, no último dia 28, durante visita da equipe da Secretaria ao Museu. A carta é assinada pelo compositor Tiãozinho da Mocidade, presidente do Conselho Deliberativo do Museu do Samba.

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