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Carnavalescos detalham enredo e Gabriel David promete Beija-Flor diferente e impactante

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Quem não viu, vai ver. E quem viu, verá de um forma totalmente diferente. É assim que a Beija-Flor quer homenagear seus desfiles marcantes e comemorar 70 anos de história na Marquês de Sapucaí em 2019. Segundo Gabriel David, conselheiro da escola e filho do presidente de honra, a agremiação buscará o bicampeonato no domingo de Carnaval com desfile impactante e pretende, assim como 2018, trazer o público em um novo arrastão.

“É uma exaltação à escola, mas de uma forma totalmente diferente do que já foi apresentado na Sapucaí. A Beija-Flor não vai botar as mesmas coisas que já aconteceram de vários desfiles juntas. A ideia é recontar de um jeito contemporâneo. Não é simplesmente expor o que já foi exposto. Eu tenho certeza que será um enredo impactante e que vai trazer as pessoas que não são Beija-Flor para perto da escola”.

Ainda segundo o conselheiro nilopolitano, a demora pelo anúncio do tema se deu devido à existência de um outro enredo, que seria apresentado 29 de junho, mas acabou descartado por pedido do pai e presidente de honra Anísio Abraão David. “Meu pai não participa tanto das reuniões como antigamente, então, quando falamos para ele o enredo, ele disse que tinha o sonho de fazer o enredo dos 70 anos. Como era um sonho dele, virou o sonho de todo mundo”, contou.

Durante um mês, a comissão de Carnaval formada por Cid Carvalho, Victor Santos, Bianca Behrends, Rodrigo Pacheco e Leo Mídia trabalharam em cima do desejo de Anísio. Nesta segunda-feira (30), em Nilópolis, a escola entregou a sinopse de “Quem não viu, vai ver… as fábulas do Beija-Flor”, aprovada por Gabriel: “Enredo magnífico. Percebemos que o que a comissão escreveu é muito melhor do que o enredo a gente tinha”.

Carnavalescos explicam enredo

A auto-homenagem da Beija-Flor não é baseada na história cronológica da agremiação, que começa com sua fundação em 25 de dezembro de 1948. Para o carnavalesco Cid Carvalho, a opção de desenvolver o enredo através dos desfiles marcantes é uma forma de fugir do lugar comum e relembrar momentos inesquecíveis da escola.

“Os enredos da Beija-Flor contam a própria história da agremiação. Seria óbvio contar o histórico da Beija-Flor, do nascimento até hoje. O que a gente quer resgatar são os grandes momentos. Os 14 títulos estarão no desfile e mais outras grandes apresentações que não ganharam Carnaval, mas que fazem parte da história da agremiação e da história do Carnaval desse país”, explicou Cid ao SRzd.

Os carnavalescos decidiram agrupar os desfiles em cada setor de acordo com a temática. O desenvolvimento terá conexão com fábulas, que, segundo a escola, “não está claro na sinopse, mas estará através das alegorias e do trabalho da comissão de Carnaval”.

“A gente está fazendo uma junção por tema: enredos regionais, enredos de temática africana, enredos de personalidades, enredos que falaram de crítica e mazela social. Dentro de cada tema, uma cronologia. Mas isso é o que as pessoas já viram. O que quem não viu, vai ver, é como essa história será contada: através de um universo de fábulas, em que o Beija-Flor, símbolo da escola, é o narrador-personagem”, esclareceu a pesquisadora e integrante da comissão Bianca Behrends.

A carnavalesca se emocionou ao ler a introdução do texto apresentado na quadra. “Pensa numa pessoa que entrou numa escola de samba para ficar 15 dias e está há 15 anos? É uma família. A gente fica mais tempo aqui do que com a nossa família. Trabalhamos para essa comunidade. Desses 70 anos, eu vivenciei 15 carnavais. Se passa um filme na minha cabeça, imagina de quem vivenciou tudo? Na hora de fazer uma retrospectiva, não tem como não se emocionar. Só tenho gratidão por essa escola.”

Cid Carvalho garante Beija-Flor com a cara dela

Pé quente, Cid Carvalho retornou à Beija-Flor para o Carnaval 2018 e conseguiu o que já havia conseguido em outras quatro oportunidades na agremiação, o campeonato. Mas recebeu críticas pela plástica apresentada. Acostumado com o luxo da escola, o público estranhou uma Beija-Flor mais simples. Questionado a respeito de como virá a agremiação para 2019, o carnavalesco foi enfático: “A cara dela”.

“Carnaval 2018 tinha uma proposta clara: crítica social e escancarar a realidade. Infelizmente, a nossa realidade não é bonita. Não tinha como falar do que a gente falou com luxo de ponta a ponta. 2019 é um outro enredo, uma outra proposta e vamos buscar o melhor para a escola”, disse.

A agremiação virá com um tripé de abertura, cinco alegorias e em torno de 35 a 40 alas. Na apuração deste ano, a Beija-Flor teve as seguintes notas na plástica: quesito Alegorias e Adereços, 9,9 / 9,9 / 9,9 / 10; e quesito Fantasias, 9,9 / 10 / 9,8 / 10.

Fonte: SRZD

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