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Pela primeira vez em 13 anos, Prefeitura do Rio corta apoio financeiro à procissão de Iemanjá

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Pela primeira vez em 13 anos, Prefeitura do Rio corta apoio financeiro à procissão de Iemanjá

 

O senhor prefeito, Marcelo Crivela,  tira do carnaval das festas culturais tradicionais do Rio de Janeiro para investir na saúde, educação e creches.

A pergunta é: Para onde esse dinheiro que a prefeitura, honrosamente,  apoiava a cultura do Estado esta indo?

Senhor prefeito,  com todo respeito, vamos “acordar para vida” o Rio de Janeiro esta super violento e a única maneira do carioca se divertir e poder relaxar é curtindo o Carnaval.

O senhor está tirando o lazer e a cultura do nosso Estado, não como uma pessoa honesta e sim com a desonestidade por não entender que a prefeitura, na verdade, o governo é Laico. Pior…no seu plano de governo disseste que não mexeria na cultura (carnaval) e nas casas de matrizes africanas. E ainda há mais um agravante, ver uma tradição acabar. Tradição essa onde os prefeitos do Rio entregavam a chave da cidade para o Rei Momo e iam na abertura oficial do carnaval.

Vamos à prova de uma política mentirosa onde a população votou acreditando que esse homem honraria as suas palavras, pois não foi isso que escutamos no período da campanha do prefeito Marcelo Crivella…assista:https://www.youtube.com/watch?v=gEOPrVTx_0I

Agora mais essa na cidade do Rio de Janeiro…mais um ato de desrespeito e intolerância vindo do prefeito Marcelo  Crivella.

Segue matéria: Pela primeira vez em 13 edições, a Prefeitura do Rio não vai apoiar o “Barco de Iemanjá”, procissão que acontece todo ano em Copacabana. A decisão foi noticiada pela coluna de Ancelmo Gois, no “Globo”. O evento é organizado pela Congregação Espírita Umbandista do Brasil (Ceub), que vai fazer uma vaquinha virtual na esperança de manter o cortejo, que este ano seria no dia 16 de dezembro.

O corte vem numa sequência de reduções de custos promovidas pelo prefeito Marcelo Crivella e que — coincidência ou não — atingem eventos (veja alguns abaixo) que, segundo líderes de religiões de origem africana, vão contra valores da Igreja Universal do Reino de Deus, da qual o prefeito é bispo licenciado.

Imagem tirada do google

Fátima Damas, presidente da Ceub, conta que em outubro entrou em contato com a Riotur, que não deu uma resposta. Na última quinta-feira, ela foi informada que não haveria suporte devido “à falta de recursos financeiros”.

Imagem do google

— É muito triste isso, após tantos anos. Será difícil manter a procissão. A umbanda não é só religião. Infelizmente, o prefeito não enxerga isso — lamentou.

As cerimônias em homenagem a Iemanjá, declaradas patrimônio cultural carioca e inseridas no calendário oficial de eventos do Rio, expõem o sincretismo religioso como expressão da cultura brasileira. A congregação argumenta que o “Barco de Iemanjá” promove ação contra a intolerância religiosa.

Em 2016, a prefeitura deu para o evento R$ 30 mil, utilizados para aluguel dos ônibus que buscam as pessoas nos terreiros, instalação de tendas e geradores, além de flores e frutas distribuídas ao público.

Imagem tirada do google

— Para manter as ações, preciso de, no mínimo, R$ 20 mil. Reduziríamos a quantidade, sem deixar de fazer a festa. Mas sem verba fica impossível. A procissão tem quase 40 balaios de flores, é linda. As pessoas contam com esse dia, vem gente de todos os lugares — desabafou Fátima.

Segundo a Riotur, em função da crise financeira no Rio, a prioridade é direcionar verbas para Saúde e Educação. Em relação aos eventos, o órgão destaca que os maiores esforços estão voltados para réveillon e carnaval e que, em relação aos demais, a Riotur segue em negociação para viabilizá-los, incluindo o “Barco de Iemanjá”.

Líderes religiosos lamentam

O babalaô Ivanir dos Santos considerou a decisão um ato de discriminação não muito diferente do que a prefeitura vem fazendo com o carnaval, outra festa que envolve a identidade afro-brasileira.

— É inegável que há uma segregação cultural. Na concepção da Igreja Universal, há uma demonização das religiões africanas — diz.

Ele lembra que a festa de réveillon do Rio deve muito aos umbandistas. Segundo Ivanir, tradições da virada como vestir-se de branco, pular sete ondas e jogar flores ao mar têm origem nas religiões de matriz africana.

Vice-presidente do Movimento Umbanda do Amanhã, Marilena Mattos participa todo ano do “Barco de Iemanjá” e também criticou a medida:

— Junto ao aspecto financeiro, há uma posição religiosa para que não haja o evento. Estamos sendo esmagados pelo poder religioso da atual administração. Isso nos entristece.

O babalorixá Anderson de Osagyan concorda:

— Estamos perdendo o direito de nos manifestar. O prefeito deixou que uma questão particular influencie a gestão da cidade.

Redução de investimentos em eventos culturais:

Carnaval

Em junho, o prefeito anunciou que cortaria à metade a subvenção concedida às escolas do Grupo Especial. Cada agremiação terá R$ 1 milhão, em vez dos R$ 2 milhões concedidos no ano anterior. No início de novembro, escolas do Grupo A também foram informadas de que sua verba será reduzida a 50%.

Ensaios técnicos

A Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) resolveu suspender de vez os ensaios técnicos realizados entre janeiro e fevereiro no Sambódromo, após a diminuição dos repasses pela prefeitura. Segundo a Liesa, os ensaios eram pagos pela própria Liga e custavam R$ 4 milhões.

Imagem tira do google

 

Parada gay

Pela primeira vez, em muitos anos, a prefeitura não deu recursos para as paradas LGBTI de Copacabana e de Madureira, que manifestam o orgulho gay. Por falta de verba, o evento na Zona Sul ficou ameaçado. Só foi possível após uma vaquinha online e com patrocínio de duas grandes empresas, além de apresentações de artistas que não cobraram cachê.

Imagem tirada do google

Trem do samba

O Trem do Samba recebeu, em 2016, R$ 800 mil da prefeitura. Este ano, não houve aporte. Mesmo assim, o evento está previsto para o próximo sábado: para embarcar, é preciso contribuir com 1kg de alimento não perecível que será trocado por bilhete na estação da Central, a partir do meio-dia.

Imagem tirada do google

Feira das Yabás

O tradicional evento também sentiu os efeitos da nova gestão. No ano passado, a prefeitura bancou 12 eventos. Neste, foram só quatro. Após ficar quatro meses sem edições desde dezembro de 2016, a feira retomou as atividades em maio.

Imagem tirada do google

Tambores de Olokun

O bloco chegou a ser impedido de ensaiar no Aterro pela prefeitura, sob alegação de que apresentações no local deixaram gatos de rua “estressados”. O grupo, no entanto, entrou em acordo com a prefeitura e vai continuar a tocar no mesmo local.

Imagem tirada do google
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Matéria Jornal Extra:https://extra.globo.com/noticias/rio/pela-primeira-vez-em-13-anos-prefeitura-do-rio-corta-apoio-financeiro-procissao-de-iemanja-22126728.html

Matéria inicial: Edinho Meirelys

Edição: Danielle Castro

Fonte: Jornal Extra.

 

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