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‘Eu pensava: será que um dia vou andar de avião? E a Beija-Flor me proporcionou isso’, recorda Neguinho

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Indissociável. Assim como não imaginamos a Marquês de Sapucaí sem a Apoteose, é impossível pensar numa Beija-Flor sem Neguinho, e vice-e-versa. O intérprete há 46 anos defende o pavilhão nilopolitano e não é exagero nenhum afirmar que é a maior personalidade da história da azul e branca. Dono de tantas histórias com a agremiação, Neguinho recordou alguns momentos emblemáticos com a escola na live ‘Zé Paulo NÃO canta Viradouro’, da última terça-feira (2).

Em uma de suas histórias, Neguinho recordou com emoção da infância em Nova Iguaçu, dos sonhos que tinha quando menino e da felicidade em olhar pra trás e perceber o tanto que ele conquistou. Segundo o intérprete, graças à Beija-Flor

“São 46 anos de Beija-Flor. Inclusive inseri no meu nome: Luiz Antônio Feliciano Neguinho da Beija-Flor Marcondes, e eu assino Neguinho da Beija-Flor. A Beija-Flor me proporcionou momentos maravilhosos. Hoje tenho a oportunidade de viajar o mundo. Tenho uma gratidão muito grande. Eu, morando lá em Nova Iguaçu, sem luz elétrica em casa – na época era lamparina – via o avião passar e pensava: ‘será que um dia vou andar de avião?’. Fui servir na Aeronáutica só pra isso e não consegui. A primeira vez que andei de avião foi com a Beija-Flor. Ela me proporcionou isso e realizou vários sonhos meus.”

O cantor também lembrou do seu início no mundo das escolas de samba. Neguinho, hoje um dos maiores intérpretes da história do Carnaval, foi recusado por várias agremiações, sendo aceito somente em Nilópolis. Na época, ele ainda tentava integrar a ala de compositores, mas muitos o achavam muito novo para isso.

“Eu cantava no Cordão do Bola Preta antes de pertencer a escola de samba. Eu tinha um padrinho, o compositor Dedé da Portela. Ele tentou me levar para a Portela, e a Portela me dispensou, porque achava que eu era muito novo. Fui pro Salgueiro, levado por Noel Rosa de Oliveira. Cheguei lá, o presidente da ala dos compositores, na época, Osmar Valença, disse que não tinha compositor na ala com a minha idade, 21 anos. Fui no Império Serrano, cheguei lá, mesmo coisa. Na Mangueira, fui levado pelo compositor Pelado, também fui dispensado. A única escola que me recebeu de braços abertos foi a Beija-Flor, em 1975.”

Confira outros relatos na live ‘Zé Paulo NÃO canta Viradouro’ Clique no link abaixo e assista o vídeo.

https://facebook.com/watch/live/?v=242706020692740&ref=watch_permalink

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